As várias penas de morte.
Objetivos
A Associação Ateísta Portuguesa propõe-se e constituem seus
objectivos:
Fazer conhecer o ateísmo como mundividência ética,
filosófica e socialmente válida;
A representação dos legítimos interesses dos ateus,
agnósticos e outras pessoas sem religião no exercício da cidadania democrática;
A promoção e a defesa da laicidade do Estado e da igualdade
de todos os cidadãos independentemente da sua crença ou ausência de crença no
sobrenatural;
A despreconceitualização do ateísmo na legislação e nos
órgãos de comunicação social;
Responder às manifestações religiosas e pseudo-científicas
com uma abordagem científica, racionalista e humanista.
Manifesto
Na sequência da legalização da Associação Ateísta
Portuguesa, os outorgantes da respectiva escritura saúdam todos os
livres-pensadores: ateus, agnósticos e cépticos, que dispensam qualquer deus
para viverem e promoverem os valores da liberdade, do humanismo, da tolerância,
da solidariedade e da paz.
Os ateus e ateias que integram a Associação Ateísta
Portuguesa, ou a vierem a integrar, aceitam os princípios enunciados pela
Declaração Universal dos Direitos do Homem e respeitam a Constituição da
República Portuguesa.
O objectivo da «Associação Ateísta Portuguesa» é mostrar o
mérito do ateísmo enquanto premissa de uma filosofia ética e enquanto
mundividência válida. Porque o ser humano é capaz de uma existência ética plena
sem especular acerca do sobrenatural, e porque todas as evidências indicam que
nenhum deus é real.
A Associação Ateísta Portuguesa defende também os interesses
comuns a todos os que escolhem viver sem religião, defendendo o direito a essa
escolha e a laicidade do Estado, e combatendo a discriminação e os preconceitos
pessoais e sociais que possam desencorajar quem quiser libertar-se da religião
que a sua tradição lhe impôs.
A criação da Associação Ateísta Portuguesa coincide com uma
generalizada ofensiva clerical a que Portugal não ficou imune. Apesar de o
ateísmo não se definir pela mera oposição à religião e ao dogmatismo, em nome
da liberdade, da igualdade e da defesa dos direitos individuais a «Associação
Ateísta Portuguesa» denuncia o proselitismo agressivo e a chantagem clerical
sobre as sociedades democráticas. O direito de não ter religião, ou de ser
contra, é igual ao direito inalienável de crer, deixar de crer ou mudar de
crença, sem medos, perseguições ou constrangimentos.
O ateísmo é uma opção filosófica de quem se assume
responsável pelos seus actos e pela sua forma de viver, de quem dá valor à sua
vida e à dos outros, de quem cultiva a razão e confia no método científico para
construir modelos da realidade, e de quem não remete as questões do bem e do
mal para seres hipotéticos nem para a esperança de uma existência após a morte.
A Associação Ateísta Portuguesa representa todos os que
optem por esta forma de viver e defende a sua liberdade de o fazer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário