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segunda-feira, 21 de maio de 2012

A existência de Jesus é duvidosa.docx


A existência de Jesus é duvidosa.docx
Se até a existência de Jesus é duvidosa, muito menos se sabe sobre sua data de nascimento. Nada indica que Jesus tenha nascido em 25 de dezembro e nunca se pode definir essa data, porque os cristãos primitivos não tinham essa celebração, e os que a criaram, sem ter qualquer informação sobre o dia em que ele nascera, substituíram a comemoração do nascimento do sol, no solstício meridional, pelos festejos do nascimento do fundador da maior religião do mundo. Há até ramos cristãos que não comemoram o Natal.

Há dúvida sobre Jesus ter realmente existido; uma vez que nenhum historiador de sua época nada disse sobre ele. O que suscita a maior suspeita sobre a sua existência é o fato de Filão de Alexandria ter nascido antes de Jesus e morrido bem depois dele, ter escrito sobre Herodes e Pilatos e suas maldades, sem, contudo, escrever uma única palavra sobre Jesus. Os evangelhos foram escritos décadas depois de sua morte, e só muitos anos depois é que apareceram algumas referência a ele fora do mundo cristão. O certo é que esses autores já escreveram segundo o que ouviram de cristãos.

Mas considerando que ele realmente tenha existido, temos o seguinte:

“Sobre o nascimento de Jesus sabemos muito pouco. Ele nasceu antes da morte de Herodes Magno (Mt 2.1; Lc 1.5), que faleceu na primavera de 750 da era romana, quer dizer: no ano 4 antes de Cristo. Conforme estudos o ano mais provável do nascimento de Jesus é 7 ou 6 antes da era cristã.

As primeiras comunidades cristãs não comemoravam o nascimento de Jesus. Somente a partir do ano 350 o Natal começou a ser comemorado no dia 25 de dezembro. Em torno da escolha desta data há uma longa história.

Os Celtas, por exemplo, tratavam o Solstício do Inverno, em 25 de dezembro, como um momento extremamente importante em suas vidas. O inverso ia chegar, longas noites de frio, por vezes com poucos gêneros alimentícios e rações para si e para os animais, e não sabiam se ficariam vivos até a próxima estação. Faziam, então, um grande banquete de despedida no dia 25 de dezembro. Seguiam-se 12 dias de festas, terminando no dia 6 de Janeiro”.
 ‘Em Roma, o Solstício do Inverno também era celebrado muitos séculos antes do nascimento de Jesus. Os Romanos o chamavam de Saturnálias (Férias de Inverno), em homenagem a Saturno, o Deus da Agricultura, que permitia o descanso da terra durante o inverno.

Em 274 o Imperador Aureliano proclamou o dia 25 de dezembro, como "Dies Natalis Invicti Solis" (O Dia do Nascimento do Sol Inconquistável). O Sol passou a ser venerado. Buscava-se o seu calor que ficava no espaço muito acima do frio do inverno na Terra. O início do inverno passou a ser festejado como o dia do Deus Sol.

A comemoração do Natal de Jesus surgiu de um decreto. O Papa Júlio I decretou em 350 que o nascimento de Cristo deveria ser comemorado no dia 25 de Dezembro, substituindo a veneração ao Deus Sol pela adoração ao Salvador Jesus Cristo. O nascimento de Cristo passou a ser comemorado no Solstício do Inverno em substituição as festividades do Dia do Nascimento do Sol Inconquistável’.

Se o ano não está correto, o dia exato do Natal é simplesmente desconhecido. ‘A data de 25 de dezembro só foi instituída por conveniência política”, afirma o astrônomo Othon Winter. ‘A Bíblia não diz em nenhum lugar quando nasceu o filho de Deus.’
Sem a dica da data certa, diversas regiões da Europa e do Oriente Médio escolheram dias diferentes para comemorar o Natal, embora mais tarde aderissem à orientação romana.

Assim, a festa era em 19 de novembro no Egito, 20 de maio na Palestina e 6 de janeiro na Etiópia, onde continua em vigor.

Não se sabe o motivo dessas opções, a não ser no caso em que a data tornou-se mais popular, o 25 de dezembro: esse era o dia festejado pelos romanos como o aniversário do deus persa Mitra, que não tem nada a ver com o cristianismo, mas era muito popular naqueles tempos. Como Roma era a capital da cristandade e a cidade mais importante do mundo à época, sua data se impôs, prevalecendo até hoje. Vencida pelos fatos, a Igreja a adotou oficialmente em 440. ‘Em vez de combater o ritual pagão, os bispos o incorporaram’, conta o historiador Edgar Leite, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Aliás, o próprio Novo Testamento parece indicar que a data de 25 de dezembro está errada. O Evangelho de Lucas afirma que Jesus é seis meses mais novo que João Batista, que diversos registros indicam ter nascido em 27 de março. Nesse caso, o verdadeiro Natal cairia no final de setembro” (Superinteressante, dez/1999, pág. 33).

“Há referência de que a celebração do Natal começou com um antigo festival mesopotâmico que simbolizava a passagem de um ano para outro, o Zagmuk. Ritual semelhante, chamado de Sacae, era realizado pelos persas e babilônios. Mais tarde, através da Grécia, o costume foi absorvido pelos romanos no festival dedicado a Saturno (o Cronos grego, um Titã, filho da Terra e do Céu que surgiu do Caos). Ele era o deus da agricultura, e as saturnais eram celebradas entre 17 de dezembro e o início de janeiro, quando se comemorava a semeadura das safras. Saturno teria reinado durante a chamada Idade de Ouro romana e as saturnais coincidiam com o solstício do inverno no hemisfério norte, quando o Sol atinge o maior grau de afastamento angular do equador, no seu aparente movimento no céu, em 21 ou 23 de dezembro.

‘Todos os negócios públicos eram, então, suspensos, as declarações de guerra e as execuções de criminosos adiadas, os amigos trocavam presentes e os escravos adquiriam liberdades momentâneas: era-lhes oferecida uma festa, na qual eles se sentavam à mesa, servidos por seus senhores. Isso se destinava a mostrar que, perante a natureza, todos os homens são iguais e que, no reinado de Saturno, os bens da terra eram comuns a todos’, conta Thomas Bulfinch no seu O livro de ouro da mitologia, a idade da fábula, escrito no século XIX.

A New Schaff-herzog Enciclopedia of Religious Knowledge (Enciclopédia de conhecimentos religiosos) registra que atividades pagãs, como a Saturnália, estavam ‘profundamente arraigadas nos costumes populares para serem abandonadas pela influência cristã’. Segundo a Enciclopédia Americana, edição 1944, ‘o costume cristão, em geral, era celebrar a morte de pessoas importantes, em vez do nascimento’. Mesmo hoje, a Igreja Romana considera a morte e ressurreição os momentos determinantes de salvação da humanidade - o sacrifício do Cristo -, e não o natalício. Mas como o costume pagão de festejar o solstício era forte demais para ser debelado, as autoridades religiosas optaram por festejar o nascimento de Jesus. A maior parte dos historiadores afirma que o primeiro Natal cristão "oficial" foi celebrado no ano 336 d.C. pela Igreja ocidental, à época do imperador romano cristão Flávius Valérius Constantinus (274-337). Mas só depois do século V a Igreja oriental adotou a celebração. Os cristãos da Mesopotâmia acusavam os irmãos ocidentais de idolatria e de culto ao Sol, por aceitarem como cristã a festividade pagã. Sírios e armênios acreditavam que Jesus teria nascido em 6 de janeiro e que os romanos, idólatras e adoradores do Sol, anteciparam a festa para 25 de dezembro.

Há atualmente alguns cristãos, como as Testemunhas de Jeová e alguns adventistas dos sétimo dia, que não celebram o Natal, pelo fato de ele não ter sido uma criação dos cristãos primitivos, mas uma adaptação de festividade pagã, com reforço da incerteza a respeito da verdadeira data.

O que há de mais certo é que, em seus próprios dias, Jesus de Nazaré não despertou a atenção de quase ninguém, não ficando nada registrado sobre ele a não ser os escritos de seus apóstolos muitos anos depois, uma vez que ele não foi o único a se arvorar como o messias predito por alguns profetas hebreus (Veja-se: O MESSIAS DE BELÉM NUNCA EXISTIU NEM PODERÁ EXISTIR”). A doutrina divulgada por seus seguidores ganhou força e foi adotada pelo Império Romano séculos depois, o que o tornou definitivamente o salvador do mundo, não como predito por Miquéias e Zacarias, mas através de um reino espiritual futuro, como crê boa parte da humanidade de hoje. E sua data de nascimento é tão certa quanto os seus feitos. 25 de dezembro foi escolhido como seu aniversário simplesmente para substituir uma festa considerada pagã.


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